sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Revista do Movimento do Ministério Público Democrático - DIALÓGICO


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http://mpd.org.br/assets/revista48.pdf

Flora, personagem principal de O Clube dos Livros Esquecidos, de Fábio Monteiro, é uma menina apaixonada por livros e que se sente diferente e distante das demais crianças da escola em que estuda. Em sua própria narrativa, os seus dias são “cansativos e muitos amigos diferentes. Os da escola gostam tanto de leitura quanto eu. Mas, não dão tanta atenção para mim quanto os de casa. Pensam que não entendo o que entendem. Eu só preciso de um tempo maior para imaginar coisas tão fantásticas quanto eles”. Nas palavras do autor, a criança amante da leitura surge ao longo do enredo com seus olhos oblíquos e amendoados, bem como mãos e pés pequenos – características físicas semelhantes das pessoas com Síndrome de Down. Flora não se entrega às adversidades e, por isso, enfrenta situações desafiadoras, demonstrando competência e capacidade para lidar com a realidade que a cerca. É neste contexto que Fábio Monteiro defende a escola como um lugar própria para diversidade, onde as singularidades de cada criança devem ser percebidas e respeitadas. Em sua visão, o fato revela que como todo ser humano deve lidar com as diferentes pessoas tanto no ambiente escolar quanto na vida social.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

O CLUBE DOS LIVROS ESQUECIDOS - EDITORA DO BRASIL


Veja o resumo do que foi o debate sobre "Inclusão" tema abordado no livro O CLUBE DOS LIVROS ESQUECIDOS do Projeto Toda Prosa





Com seu texto emocionante e delicado, Fábio Monteiro coloca o leitor em contato 
com o universo de uma menina muito especial, 
sobretudo devido à sua inteligência e seu modo diferente de ver o mundo. 
O Clube dos Livros Esquecidos é um evento exclusivo e muito sério que acontece todas 
as quintas-feiras na biblioteca,
onde Flora encontra seus diversos amigos para debaterem sobre os livros que leram. 
Mas algo é responsável por deixar o clube ainda mais especial. 
Quem serão os amigos de Flora? Uma narrativa surpreendente e 
cheia de nuances é o que espera pelos leitores neste livro.


quarta-feira, 21 de setembro de 2016

FEIRA DO LIVRO EM VIAMÃO/RS

O sol desta sexta-feira iluminou a manhã do penúltimo dia da 12ª Feira Literária de Viamão. No Salão da Paroquial da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, aconteceu a oficina sobre ilustração e contação de histórias com Ana Lasevicius. Estavam presente os alunos do 3º e 4º ano da EMEF Dr. Glênio Peres e a escritora contou a lenda da Branquinha, que é bastante conhecida na cidade de Viamão. Falou sobre seu trabalho com crianças de rua, com pinturas e desenhos. Explicou para as crianças que as cores que elas escolhem utilizar retratam os sentimentos delas e tem relação direta com suas experiências de vida, além da importância de evocar suas emoções, seja para escrever ou dançar. Em sua oficina, ela pediu para as crianças desenharem uma vaca, inspirada nas diversas vacas coloridas que tem espalhado na cidade de São Paulo. As crianças se divertiram, utilizando canetas coloridas e olhinhos para dar vida às suas vaquinhas.

Teatro
O espetáculo “Quatro contos para Teatro de Bonecos”, da Cia Gente Falante – Projeto Teatro a Mil do SESC, alegrou as crianças. No Palco Principal, o espetáculo de rádio-teatro, unindo três histórias infantis, levou muita descontração e diversão para a garotada. “Sabrina, 40 Fantasmas e Mais Uns Amigos & Outras Histórias”, do Grupo Cuidado que Mancha, tem uma narrativa especial através da música, elementos radiofônicos e sonoplastia. O espetáculo teve por objetivo despertar a imaginação através da transformação de cenários visuais em cenários sonoros.

Música ao Meio-Dia
Ao meio-dia, o músico local, Gian Becker, realizou apresentação de trompete.

Bate-papo e Sessão de Autógrafos
O Bate-papo dessa manhã foi com o escritor pernambucano, residente em São Paulo, Fábio Monteiro. O escritor conta histórias verdadeiras, mas inventa algumas outras que se tornam verdades, por meio da literatura para crianças de todas as idades. Na conversa com os estudantes, Monteiro se encantou com as crianças e suas curiosidades sobre o ofício de escrever. Queriam saber o que ele gostava de ler e sobre o seu imaginário da infância. “Normalmente o que os leitores querem saber é sobre minha vida pessoal e isso não importava para eles. Eles estavam querendo saber qual era o caminho para se tornar um escritor. Isso considero que seja fruto do trabalho que vem sendo realizado nas escolas municipais, com projetos e oficinas de leitura. Isso não se vê no resto do país, infelizmente.”
De acordo com Monteiro, o contato com o público é muito importante para o autor. “É uma troca. É nessa hora que conhecemos quem está lendo os livros. Para o público também é importante, pois ele cria um imaginário do autor e esse contato gera uma empatia muito boa”, explica. O escritor conta que começou a escrever aos 38 anos, pois queria escrever para alguém. Outro papel importante numa obra é a ilustração, que fica a cargo do ilustrador. “Às vezes imaginamos uma cena para uma história, mas isso o ilustrador não sabe, pois ele recebe a tarefa da editora do livro e, a partir do texto, cria a ilustração e a capa. E isso só é apresentado para mim quando pego o livro impresso, pronto. A reação de surpresa é sempre maravilhosa!”, expressa.
O livro que autografou, Sertão, toca os leitores pela singeleza da narrativa. A obra fala sobre amizade, sentimentos e descoberta de realidades diferentes. A escritora Raquel Grabauska também realizou uma sessão de autógrafos.



sábado, 10 de setembro de 2016

REVISTA PORVIR - PROFESSORAS USAM HISTÓRIA INFANTIL PARA TRABALHAR MATEMÁTICA


Crédito: graja / Fotolia.com

Criar jogos e atividades baseadas na história “A menina que contava” foi a forma que duas professoras encontraram para trabalhar matemática na educação infantil

por Suzana Rodrigues Moraes e Tamiza Richelly Freitas  8 de setembro de 2016

“Um conto que conta” é um projeto interdisciplinar que une a matemática com a literatura infantil. Na Escola SESC, no Rio Grande do Norte, nós sempre recebemos a proposta de realizar um projeto. Quando eu e a professora Tamiza Freitas sentamos para pensar em quais atividades desenvolveríamos, nós pegamos a lista de livros paradidáticos das crianças. Quando vimos “A menina que contava”, do Fábio Monteiro, entre as obras, tivemos a ideia de juntar a matemática e literatura.
O livro conta a história da personagem Alga. A menina se depara com várias situações no dia a dia e vai fazendo a contagem das quantidades que encontra. A sua mãe é costureira, então ela conta os botões das roupas, por exemplo. Primeiro, nós fizemos uma leitura para que as crianças conhecessem a história. Depois, a cada página, nós desenvolvíamos uma atividade diferente, mas que fosse inspirada no livro, para os alunos sentirem como se fizessem parte da história e vivenciassem tudo o que a Alga também vivenciava.
Então nós construímos um casaco gigante de papel e colocamos os botões para as crianças fazerem a contagem, desenvolvemos atividades em grupo no parque assim como a personagem. Em uma parte da história, a menina quebra a perna. Nós aproveitamos para contar e estudar os ossos do corpo humano. Em outra, ela conta as estrelas e os planetas. Essas abordagens diferentes permitiram que desenvolvêssemos outras atividades, tornando o projeto interdisciplinar.
As crianças aprendem de forma muito mais significativa quando é algo que elas querem
Com a ampliação do projeto, começamos a construir jogos matemáticos com os alunos. Nós criamos o jogo da pizza, de acertar o alvo, jogos de encaixe e uma trilha, inspirada em um caminho que a personagem fazia no livro.
Eu acho importante começar a trabalhar a matemática com crianças entre em cinco e seis anos porque ela está em todo lugar. As crianças ainda não conseguem diferenciar os números quando entram na escola, mas com certeza já viram os números de casa, no microondas, na televisão, no controle remoto e em muitos outros lugares. Isso faz parte do cotidiano delas.
Aqui na escola, nós sempre devemos fazer uma culminância do projeto, mostrando que estamos finalizando as atividades. A princípio, eu a professora Tamiza pensamos em desenvolver uma peça teatral com os alunos, a fim de apresentar a história da personagem Alga para os outros estudantes. Só que a gente sempre escuta o que as nossas crianças têm a dizer, porque acreditamos que tudo o que elas devem aprender precisa ter um significado na vida de cada um. Quando fizemos a proposta da realização da peça teatral, nós percebemos que eles não se empolgaram muito. Então decidimos perguntar o que eles queriam fazer na culminância do projeto, ao que eles responderam que queriam continuar com os jogos dentro da sala de aula.
Os jogos fizeram com que eles se envolvessem muito mais no projeto, porque todos queriam vivenciar e aproveitar o espaço criado
Diante da vontade dos nossos alunos, decidimos mudar o fechamento das atividades. Eles que escolheram a culminância. A partir dessa demanda, criamos a matemadoteca, um espaço dentro da sala de aula onde colocamos os jogos criados e também o livro da personagem, para que os estudantes pudessem vivenciar sempre que quisessem. As crianças aprendem de forma muito mais significativa quando é algo que elas querem. Não adiantaria que a gente insistisse na peça de teatro, sendo que era algo que eles não queriam de fato. Os jogos fizeram com que eles se envolvessem muito mais no projeto, porque todos queriam vivenciar e aproveitar o espaço criado. A cada atividade eles iam aprendendo mais sobre matemática, sobre os números e as regras dos jogos.
Suzana Rodrigues Moraes e Tamiza Richelly Freitas
Suzana Rodrigues Moraes e Tamiza Richelly Freitas são licenciadas em Pedagogia pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte - UERN. Ambas são estudantes do Curso de Especialização nas áreas de Práticas Educativas e Psicopedagogia e atualmente são professoras de Educação Infantil da Escola SESC - Mossoró, no Rio Grande do Norte.











http://porvir.org/professoras-usam-historia-infantil-para-trabalhar-matematica/