segunda-feira, 30 de setembro de 2019

INDICAÇÃO DO LUA, NOITE E DIA PELO PROFESSOR ELVIS RODRIGUES



O livro fala, de maneira muito bela, sobre amizade, sobre encontros e desencontros, sobre gente.
Narra a amizade quase ao estilo do filme “O Feitiço de Áquila” (1985). O livro traz como personagens dois garotos, um “menino-DIA” e outro “menino-NOITE”. Esse são seus nomes: DIA e NOITE. Dois amigos que se encantam, se amam, brincam, mas nem sempre se encontram. O encontro, quando se dá, tem o tempo muito breve, um lampejo no momento em que NOITE e DIA se alcançam. “NOITE e DIA raramente se encontravam para brincar. Coisa rara, efêmera, finita. Quando acontecia...”.
Esta é a beleza da amizade. devemos sempre cultivá-la, mas mesmo que estejamos à distância, ou tenhamos pouco tempo de contato, quando os amigos se encontram, o tempo fica suspenso, ganha qualidade e a vida nova cor. Amizade é dom. Dom de si para o outro. É festa. Dom de DIA para NOITE; festa de NOITE com DIA. SIGA EDIÇÕES PAULINAS: =====================================

domingo, 22 de setembro de 2019

LANÇAMENTO LUA, NOITE E DIA EM SP!

Agenda de lançamentos do Livro Lua, Noite e Dia em São Paulo.

Dois momentos super especiais!

CASA DIÁLOGOS.
27 de setembro (Sexta) às 19h30h
Local: R. Orlando Valderano, 47 - Vila Santo Estevão, São Paulo.
Proposta: Narrativas - orais, escritas e visuais com André Neves, Fábio Monteiro e Luciano Pontes.
Inscrições no site
https://www.dialogosviagenspedagogicas.com.br/lancamento-livro-lua-noite-dia



LIVRARIA NOVESETE.
29 de Setembro (Domingo) às 11h.
Local: R. França Pinto, 97 - Vila Mariana, São Paulo - SP.
Proposta: Conversa com os autores, lançamento e autógrafos.



Aguardamos vocês!

sábado, 24 de agosto de 2019

Formação Leitora por Fábio Monteiro






Não lembro ao certo se minhas primeiras leituras literárias eram sobre águas, meninos e peixes criados em bolsos, mas tenho certeza de que causaram tamanho estranhamento no meu início como leitor. Tomava susto com as palavras e seus significados, sofria com a falta que fazia não saber de tudo e das diversas tentativas de burlar as regras perguntando aos adultos os seus significados, também tinha dificuldade de associar letra a letra na consulta ao dicionário. Minha mãe sempre dizia que conhecimento é conquista e o significado das palavras é sempre maior que seu significado. Nunca dizia o que já sabia, mas quando tínhamos a resposta do dicionário ela rapidamente afirmava:

– Eu já sabia! – e eu acreditava que, na sua grandeza de mãe, tinha todo conhecimento do mundo.

Meu Pai tinha mania de invenções poéticas, criava significados complexos para os sentidos mais simples. Era artista de desenho e lia cada palavra como se fossem imagens.





Ler era um desafio diário para mim, uma conquista a cada sentido compreendido e compartilhado com o outro, saída para uma realidade dura que vivia na periferia do Recife, possibilidade em ter noites sonhadas e concretização de projetos futuros.

A leitura da vida apontava para a importância do enamoramento com os livros e foi na biblioteca da escola que encontrei um lugar de habitar. Lá, os livros eram de graça e podia levar vários deles para casa. Depois dele meu quintal ficou ainda mais divertido, porque as histórias lidas vitalizavam brincadeiras todos os dias. Tantas foram as vezes que as personagens saltaram de um pé de jambo para o outro, que fantasmas adentraram o esconde-esconde e que piratas saltaram de montinhos de areia para banhos de mangueiras que afogavam o calor na água gelada. Meu quintal se tornou extensão da imaginação iniciada nos livros, brincadeiras sem tempo para acabar.

A leitura era brinquedo sem regra, era jogo que tomava o dia inteiro, e aos poucos, assumiu uma importância grande para sonhar com dias melhores. Um jeito de pensar futuro e acreditar que ela transformaria minha vida em conquistas profissionais e possibilidades em ver o mundo com sensibilidade e contemplação, um jeito só meu de transformar pedras em água na peneira.
Hoje a leitura me acompanha em tudo que faço; ela é profissão e diversão; amizade e estranhamento; conquista e obrigação. Nem sempre é confortável e desejada, mas sempre é necessária e proveitosa, nem sempre prazerosa, mas geradora de prazeres a cada descoberta e janelas abertas para horizontes. Com as leituras de livros, aprendo a arrancar espinhos, a olhar carneiros em caixas imaginárias e a nunca me sentir sozinho.

Fábio Monteiro é Professor de História do Colégio Parthenon e Escritor de Livros para Infância e Juventude. Leitor de muitas histórias de livros e lembranças.

sábado, 1 de junho de 2019

Lua, Noite e Dia.

Chegou!
Lua, noite, dia, narrativas que se entrelaçam por meio de fios que perpassam a imaginação e a fantasia. Na primeira narrativa, a noite e o dia se perdem e se encontram o tempo todo na obra, ora parecem distantes, ora o encontro os aproximam, criando uma circularidade brincante, um jogo poético e um dinamismo à história. A segunda narrativa traz ao leitor uma certa nostalgia dos tempos de outrora e um encantamento que se expande por meio da afinada poesia textual. As narrativas de imagem construídas ludicamente surpreendem a todo momento dando ritmo, cor, movimento, emoção, apresentando um texto que a sensibilidade do leitor codifica e amplia.

Link da loja virtual
https://www.paulinas.com.br/loja/lua-noite-e-dia

quinta-feira, 25 de abril de 2019

LER por Fábio Monteiro




Tenho conversado com Rousseau e Chatier sobre as práticas e métodos de leitura: ler de qualquer maneira, ler em qualquer lugar, ler qualquer obra é um primeiro passo para a liberdade e competência leitora?
A liberdade leitora presume a liberdade também de não desejar ler?
Há um impulso em responder essas questões de maneira simplista, mas quando conhecemos as articulações históricas de acesso e privações ao livro, complexificamos também as formas de ver o mundo, as relações de poder, a proposição em ser, sentir e pensar nas disrupturas culturais atuais. Ler é um lugar de liberdade e sua ausência é cárcere as velhas estruturas. Um leitor precário se tornar inábil diante do belo, mesmo quando esse belo é acessível na diversidade de encontros, possibilidades, suportes contemporâneos.
Temos o desafio em democratizar a liberdade em realizar boas escolhas,  sem perder a qualidade literária de textos e imagens como uma das possibilidades para combater o iletrismo em nosso país.
As leituras disparam esses incômodos,  essas questões abrem diálogos para pensarmos, pensarmos e mais uma vez pensarmos em caminhos libertadores e democráticos que levem ao livro e à leitura.
Sigamos!
* Carl Spitzweg, lê lecteur de bréviaire, lê soir(1845-1850)

terça-feira, 26 de março de 2019

Diálogos Assessoria Pedagógica

A Casa Diálogos é um espaço de saberes compartilhados. No dia 27/03 terei a alegria de pensar com mediadores de leitura, professores e interessados em saber mais sobre a materialidade do livro ilustrado, como os livros são  elementos potentes na formação leitora. Também refletiremos sobre obras literárias e experiências de leitura nas produções literárias contemporâneas. Esse encontro possibilitará ao educador refletir sobre escolhas literárias e formas possíveis de leitura e narrações dessas histórias em espaços públicos.
Aguardo vocês!
Informações:
55 11 2613 -0512
Orlando Valderano, 47 - São Paulo
Vila Santo Estevão
CEP: 03325-110
@viagenspedagogicas @holanda.telma
#literatura #leituras #book #dialogos #mediadoresdeleitura #

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

CASAS SONHADAS, CASAS DE BRINCAR NA INFÂNCIA


Toda vez que leio Sementes de Cabanas Encantadas, lembro da "cabana" que me abrigou na infância. 
Na minha casa tinha fragmentos de sonhos, paredes de concreto e um chão sem tamanho de realidade. Na casa da infância, só minha, o quintal era o lugar mais belo do Recife. Festa de brincadeiras em que tudo era fantasiado nas subidas em pés de jambo e no medo das sombras que faziam em silêncios, assopros assombrados.

Na minha infância, na casa que não sonhava como minha, fazia cabanas com palhas de coqueiros e refugiava-me de temporais, morada temporária só pra ver o mundo passar sem tantas preocupações. 
Hoje amanheci com vontade dessa cabana da infância, morada de sonhos e histórias bonitas, porque no Brasil, minha casa, a casa da minha infância se repete em temporais, assombros e num chão de realidade cada vez mais duro.
Melhor mesmo é voltar a imaginar casas mais lindas.


segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Histórias sopradas em vento por Fábio Monteiro


O livro narra o encontro com várias histórias, narrativas de vidas reais e imaginadas. O vento trouxe à memória  brincadeiras na rua, os vizinhos e as conversas nas calçadas, o encantamento com a infância, os temores da idade, o deslumbramento do primeiro amor. Soprou  histórias dos primeiros navegadores em terras Americanas e a aventura de Pinta, Niña e Santa Maria em busca do ouro e das especiarias. A tradição oral e as palavras livres. O leitor e o seu poder de imaginar para além de todas as histórias.
Que bom seria resgatar conversas soltas em pleno mar.
https://www.paulinas.org.br/loja/historias-sopradas-em-vento

sábado, 12 de janeiro de 2019

FENÍCIOS por Fábio Monteiro

Nada seria melhor que um mar, um barco, uma ideia.
Um sopro de vento aspirado pelas velas em
movimento para disparate nas ondas.
A morbidez das ideias insólitas gerou reflexo de medusa, imobiliza quem ousa enxergar.Incrível é não se perceber vela-barco-sopro nos dias atuais.
O mais necessário está no mar, no horizonte, longe, na vontade de partir em saída silenciosa, como Fenícios desbravadores.
Deles, nada de talassocracia por não desejar poder, nada de fonética silábica por querer o anonimato, apenas que nos ajudem a desbravar um coração sangrando em veias pela América.
E que soprem os ventos!
#poética #mar
#fenicios #seguir #eduardobueno #asveiasabertasdaamericalatina