segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Feira Internacional de São Sebastião


 Durante a idade média, nasceu Dona Joanita, pequena e de aparência estranha. Isto fez com que o pai abandonasse o lar em busca de guerras, tentando resgatar algum pecado; a mãe ainda a acompanhou nos primeiros anos de vida, mas depois a abandonou alegando merecer vida melhor. No vilarejo, Dona Joanita morava sozinha, despertando o medo e o amargor de toda a gente. Um dia, ela recebeu uma caixinha contendo segredos de vida e de morte, do extremo norte do continente da África. Um jovem tentou entrar na casa para roubar a caixinha mas foi surpreendido por Dona Joanita que lançou sobre ele um feitiço (ele passa a falar desafinado toda a vez que toca no assunto da caixinha). Descobrimos ao final que esse jovem é o narrador da história. A Dona Joanita vai atravessando os séculos, até chegar a luz elétrica, sempre inspirando medo e ódio. Chega, inclusive, a ser vítima de um panelaço do povo local. O tempo passa e atravessa a guerra fria e muitas outras guerras. A protagonista recebe uma segunda caixinha também com segredos. O século avança e Dona Joanita recebe uma terceira caixinha com segredos sobre a humanidade, Ela as guarda consigo até o final de sua vida.

Há no conto uma homenagem a todas as mulheres que sofreram perseguições ao longo da história da humanidade. Dona Joanita chega, inclusive, a ser ameaçada de ir para a fogueira feito uma bruxa. Os mistérios de Dona Joanita permanecem ao longo do livro, mas ilustram bem o quanto as pessoas temem aquilo que não compreendem e esse sentimento acaba virando ódio. Ilustração: as ilustrações são aquarelas da ilustradora Elma.

sexta-feira, 10 de abril de 2020

OS SEGREDOS DE DONA JOANITA por FÁBIO MONTEIRO

Chegou e VIVA a alegria das chegadas.
Felicidade em tocar na ancestralidade de tantas mulheres para tentar criar uma personagem a altura da força, luta e conquista delas.
Admiro a sensibilidade feminina e isso é matéria-prima para esse livro.
Um viva a todas que gritam por liberdades, as que lutam contra a opressão, as que fugiram da exclusão, as incompreendidas, as silenciadas, todas elas sem exceção, nunca esquecidas.
Às mulheres de todos os tempos!
Univo-os!
Estou super emocionado e feliz com essa chegada!
Boa leitura, e quem puder, compartilha também.
Link para compra
https://www3.livrariacultura.com.br/os-segredos-de-dona-joanita-2112265047/p
Foto: André Silva

domingo, 5 de abril de 2020

Histórias sopradas em vento por Fábio Monteiro

Temos alguns medos e falar sobre eles favorece boas conversas com as crianças.
Então, vamos conversar!
https://youtu.be/6hlrbMbiWXI



sexta-feira, 3 de abril de 2020

ENTRE UMA LIVE E OUTRA por FÁBIO MONTEIRO



Estamos em casa. 
Lugar que devemos nos manter seguros.
Nesse momento, acreditem, trabalhamos muito mais que na rotina anterior. 
Selecionamos os melhores livros, estudamos as plataformas virtuais mais eficazes, planejamos aulas com saberes que já tínhamos e outras tantas habilidades que, coletivamente, passamos a exercita nesse novo contexto. 
Temos rotina, mas refazemos ela no desequilíbrio do encontro de outras tantas. Reorganizamos os espaços de nossa casa para receber nossos alunos e alunas. 
Cada hora, nova descoberta. Cada momento, novo planejamento, tentando criar espaços de aprendizagens frente ao isolamento horizontalizado. 
Temos medo também, mas seguimos. 
Verticalizamos ainda mais nossos conhecimentos por ser essa nossa missão. 
Temos placa em nosso peito de "estamos em obras", pleno trabalho de andaimes que sobem e descem, construindo ou reconstruindo certezas. Num tempo de horizontes incertos, aprender é lugar constante nas ações de nossas vidas. 
ah! Fazemos comidas também. Cuidamos dos filhos, limpamos a casa, brincamos com nossos bichinhos, arrumamos aquela prateleira de livros que a muito tempo precisava de uma faxina. 
Estamos organizando a vida, e seguimos. 
Pensando, pensando... pensando. 
Fomos convocados a olhar com lupa para todas as necessidades dos alunos, sejam conceituais ou procedimentais, e aceitamos esse desafio. Cada criança permanece sob nossa responsabilidade e as famílias nosso maior apoio.
Acreditamos em toda nossa comunidade, e seguimos. 
Percebemos nas nossas singularidades grande potencial em trocas coletivas. Descobrimos novos parceiros de trabalho, em horários diversos de trocas de ideias, materiais. Aumentamos as listas de livros para nossa leitura e trocamos muitas histórias. 
Criamos situações solidárias para entregar um pouco de esperança. 
Criamos situações solidárias para entregar um pouco de esperança. 
Estamos com saudades também, mas seguimos. 
Lapidamos nosso conhecimento para convidar nossos alunos em novos espaços de aprendizagem. Cuidamos da nova rotina lembrando sempre do outro. 
Na distância inevitável, tocamos com os nossos saberes as crianças, os adolescentes e seus familiares. 
Acolhemos o outro e dessa maneira somos recebidos em muitas conversas, escutas e saudades. 
Estamos redesenhando nossas histórias e sabemos que nesse momento, essa ação acontece em cada família parceira; os comentários das crianças nas lives, os email's de agradecimentos, um simples telefone de gratidão acende o coração de alegria. 
Nosso trabalho confirma porque merecemos respeito e valorização. Renascemos nesse momento complexo para dar respostas aos novos desafios. 
Todos os esforços, empreendidos pelos professores e professoras nesse tempo de incertezas, revolucionará nossa ação na escola quando tudo isso passar, e acreditem... Vai passar!
Estaremos mais uma vez na escola, esperando por vocês.