quarta-feira, 27 de novembro de 2013

COMO NATUREZA - EDITORA ABACATTE

A chegada de um livro é sempre uma emoção indescritível, dá a sensação, e não a dimensão, de sua história percorrendo as mãos de leitores que irão conhecer um pouco de você por meio dela.
Tive a honra desse livro ser publicado por mãos  cuidadosas,  Lourdinha e o Alencar, editores da editora Abacatte. Receberam meu Joaquim, personagem desse livro, com um cuidado devido.  Um texto que exigiu muito equilíbrio e disponibilidade em tratar de um tema tão velado, mas ao mesmo tempo necessário na contemporaneidade. Fiquei emocionado em ser o portador da história desse menino, de sua dimensão sensível, de sua maneira de encarar o mundo e transformá-lo como só encontramos nos mais sábios.
A já querida Elisabeth Teixeira fez das palavras, linguagem ilustrada. Foi tecendo essa história junto comigo e cada página, iluminou ainda mais o percurso do Joaquim.
Só tenho a agradecer a todas essas pessoas e apresentar para todos vocês essa história que tocou minha sensibilidade e foi impossível não escrevê-la.
Compartilho com vocês a entrada do livro no site oficial da editora abacatte!
Uma grande emoção!!!!
 

http://www.abacatteeditorial.com.br/inicial

domingo, 24 de novembro de 2013

LANÇAMENTO PAULINAS ABORDA A PAIXÃO DE UMA MENINA PELA MATEMÁTICA


 
Quase sempre a matemática é a vilã dos boletins escolares. Brincar com os números pode não ser muito atrativo para muitas crianças, mas não para a personagem Alga, a primeira da classe em matemática, que fazia cálculos de olhos abertos, sem a utilização dos dedos, divertia-se com os desafios das competições de operações: adição, subtração, multiplicação e divisão.
No livro A menina que contava, Alga gostava dos números e os números gostavam dela. Desde o velho casaco, presente de sua mãe, com seus inúmeros botões até as estrelas mortas e seus anos-luz, Alga contava tudo. Inventava histórias sobre descobridores só para calcular os dias da viagem e eram somas e multiplicações das 24 horas pelos 60 minutos vezes 7 dias para se chegar ao fim do mundo. Sabia calcular sem usar os dedos. Perdia nas competições de classe só para calcular de novo e manter os amigos… A menina contava tudo… até os minutos que levaria para chegar o socorro, quando escorregou no caminho de volta pra casa. Contava os centímetros enquanto crescia… Até que, aos 20 anos, encontrou um rapaz que contava histórias e com ele se casou. Juntos tiveram dois meninos e para não acumularem milhões e milhões de coisas como todo mundo faz, começaram a dividir suas experiências com os outros.
Com um projeto gráfico de criatividade incalculável, desenvolvido por André Neves, essa obra vai deixar no pequeno leitor um gostinho de: Ah, conta mais!!!
 
Título: A menina que contava
Autor: Fábio Monteiro
Ilustrador: André Neves
Editora: Paulinas
Coleção: Espaço aberto
Formato: 23,0 x 27,0
Páginas: 40
Código: 524476
ISBN: 9788535636208
Preço: R$ 28,80
 
O Autor
FÁBIO MONTEIRO é contador. Nasceu em Pernambuco, perdeu as contas dos anos que mora em São Paulo. Conta história de verdade para seus alunos e inventa algumas outras que se tornam verdades. Gosta de gente, sorvete de chocolate, se molhar na chuva e da cortina do teatro. Apaixonado pela escrita, conheceu as palavras muito cedo, mas só agora criou coragem, brincou com elas, misturou com os números e mostrou sua primeira história para todos.
 
O Ilustrador
ANDRÉ NEVES nasceu em Recife (PE), mas atualmente reside em Porto Alegre (RS), onde trabalha pesquisando, escrevendo e ilustrando livros infantis. Estudou Artes Plásticas, é arte-educador e promove palestras e oficinas sobre literatura infantil e juvenil. Já publicou por Paulinas: A caligrafia de Dona Sofia, Menino chuva na rua do sol, Seca e Mestre Vitalino, além de ter ilustrado vários livros de outros autores.
 
Contato para imprensa
Roberta Molina
Fone: 55 11 5081-9333
imprensa@paulinas.com.br

sábado, 23 de novembro de 2013

A MENINA QUE CONTAVA CHEGA A BIBLIOTECA MUNICIPAL DE RONDÔNIA

BIBLIOTECA MUNICIPAL RECEBE DOAÇÕES DE LIVROS
As Edições Paulinas estão sempre em cooperação e parceria com a biblioteca.
 
A biblioteca Francisco Meireles recebeu na manhã da última quinta-feira 21, doação de 140 títulos das categorias infantil e infanto-juvenil das Edições Paulinas, por meio da sua livraria Paulinas de Porto Velho. Os livros foram entreguem pelas irmãs Mery Souza, Adélia Abreu e o auxiliar Ranieri Pinheiro ao diretor da biblioteca, Adson Muniz. Dentre os títulos doados constam: “A Aula da Bruxa”, de Ernani Ssó; “A menina que contava”, de Fábio Monteiro; “Os três porquinhos”, de Bia Villela; “O Bom Pastor – Maquete de Material Alternativo”, de Mario Inês Carriato; “Eu queria fazer um verso redondo...”, de Sylvia Manzano; “A lagarta que tinha medo de voar”, de Cleide Vilas e “Coisas horríveis no escuro do quarto”, de Elisa Solom. “As edições paulinas tem o princípio de que nós podemos formar bons cidadãos, ajudar no desenvolvimento intelectual das pessoas por meio da Literatura, e de maneira especial neste ano de 2013, estamos fazendo uma campanha, em todas as nossas 31 livrarias do Brasil nos diversos estados brasileiros. A campanha tem o título de “Edições Paulinas – Doe um livro e faça uma criança feliz”. Essa doação que estamos fazendo neste momento faz parte dessa campanha nacional das Edições Paulinas”, explicou a Irmã Mery Souza.
As Edições Paulinas estão sempre em cooperação e parceria com a biblioteca. Em outros momentos e demais atividades, como o projeto “Livraria na Praça”, por exemplo, a livraria Paulinas está sempre colaborando, “dessa forma, fomos comunicados pela irmã Mery que as Edições Paulinas tinham uma doação de livros a nos fazer. Nós agradecemos essa iniciativa das Paulinas de Porto velho em colaborar com a leitura e assim ajudar no incentivo ao conhecimento dos usuários da biblioteca”, disse o diretor da Francisco Meireles, Adson Muniz.
A biblioteca também recebeu a doação de exemplares do livro “Seis décadas e uma história”, do escritor Emanuel Mirtil Rodrigues de Almeida, que nasceu na cidade de Fortaleza em 1954 e está há seis décadas em Rondônia. Emanuel Mirtil foi responsável pela edição e publicação do jornal, “O Adesguiano”, da Delegacia da ADESG de Rondônia, nos anos de 2005 e 2006. Participou da Coordenação dos Anais do Seminário “Trinta e cinco anos de Colonização da Amazônia – Rondônia”, é colaborador da revista do CREA/RO, além de outros escritos técnicos em sua vida profissional.
 

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

A MARGEM DE DENTRO por FÁBIO MONTEIRO



 
Era único naquelas margens.
No lapso de silêncio rompido pela aspereza da canoa cortando o rio, estava lá, incólume com uma ou duas remadas, alembrado por retratos 3x4 da mulher, da filha, do filho. Apagando, deslembrando, morrendo. Remava para esquerda, arrependendo-se do movimento desperdiçado na outra. O sol escaldante não acalentava seu desejo de chegar ao ponto que saiu e que chegou e que saiu do outro lado para o outro. Nem à noite, alternando entre paradas de pouco sono e o não sonolento rio que corre e corre. Um pouco de homem, um pouco de rio, mas só rio e homem. Na outra, olhava o menino assustado com o rio e a limitada ilha móvel. O homem que habitava a ilha aprisionava seu olhar seco, duro, morto. Imóvel como se olha o rio no seu silêncio enganoso. Não entrava, não gritava, não o via. Era desencontro. E o menino colocava o pano sujo que enrolava a sublimidade de suas intenções e sumia mata adentro, mata a fora, desbravando em soluços um mister de silêncio, palavras, decepção. Na calada, a canoa aproximava sorrateira da margem e pescava como extensão do seu braço, o remo, o cuidado inviolável do menino. Do outro, presa as ferragens de roda. Imóvel. A menina entre babadas e vexames, molhava as roupas vendo os movimentos da canoa e das idas e vindas do menino. Entendia pouco, mas olhava como se entendesse a lógica da imparcialidade. Enxergava e isso bastava na sua incompreensão, na sua imobilidade. Trocavam-na de lugar três vezes ao dia, uma embaixo da árvore, na terra batida, na ponta da casa, mas não perdia o rio, a canoa, o menino, como não mais. A paisagem, pouquinha, e o silêncio soluto entrópico das partes. O menino, a canoa e ela. E talvez outro, cuja imagem se formava em nenhum volume, só traços ínfimos de remadas diluídas num rio maior, menor que tudo, maior que ela. Rio que hora desaguava nos pés, hora descolava da sua órbita, caudaloso, maior em tristeza que. Mas, contentava- se com a natureza daquela dimensão, daquele desassossego, maior que o seu. A margem de um era a fronteira inviolável do outro. Nada rompia o dogma, nada. "Canoaram" e seguiram seus cursos até o fim do seu leito. Na minha companhia. Era o único entre as margens. Ofertando migalhas, lambidas e latidos noturnos.

Inspirado na TERCEIRA MARGEM DO RIO de GUIMARÃES ROSA