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terça-feira, 3 de outubro de 2017

ESTADÃO - EMPATIA, PALAVRA QUE UNE LIVRO E CRIANÇA





Bia Reis e Cristiane Rogerio, O Estado de S.Paulo
01 Outubro 2017 | 05h00
Em comemoração ao mês das crianças, o Estado publicará em todos os domingos de outubro uma matéria sobre literatura infantil.
Assim, o possível “benefício” deve ser precedido da necessidade do 

autor de dizer algo ao mundo. As histórias do historiador e escritor 

Fábio Monteiro, por exemplo, nascem de seus incômodos com a vida. 

Cartas a Povos Distantes (Paulinas), ilustrado por André Neves 

vencedor do Prêmio Jabuti de 2016, surgiu da vontade de falar 

sobre o continente africano e a infância.
Por meio da troca de cartas entre duas crianças, uma brasileira e outra angolana, Monteiro estabelece a relação entre os países. “Me coloquei no lugar de Angola, na situação do quanto é cruel as crianças serem vítimas de guerras. Venho de Pernambuco, Estado onde a cultura negra é forte na maneira de falar, dançar e cantar, e acho que essas memórias não podem ser esquecidas. Queria assegurar a memória de dois continentes irmãos que se complementam, porque nossas dores são parecidas: desigualdade, exploração europeia, pobreza como herança da colonização.”
Leia toda matéria no link abaixo:





quinta-feira, 27 de agosto de 2015

CARTAS A POVOS DISTANTES por BIA REIS


BIA REIS
27 Agosto 2015 | 14:32

O escritor Fábio Monteiro e o ilustrador André Neves contam a história de dois meninos – um brasileiro, outro luandense – que compartilham a vida por meio de correspondência


cartas-a-povos-distantes
Giramundo era um garoto que gostava de viajar usando a imaginação. Inventava lugares, mapas, povos e línguas que não existiam. E inventava tão bem inventado que as pessoas ao redor ficavam em dúvida se as coisas saíam da sua cabeça ou se, de fato, haviam acontecido.

“No fundo do peito, era difícil para Giramundo ter tantas ideias e ser
tão sozinho com todas elas. Era como se a imaginação não encontrasse tempo
e espaço corretos para existir. Giramundo era todo alegria em aproveitar o
tempo para criar amizades inventadas e lugares desconhecidos. E muitas vezes
brincava só, porque assim não havia perigo de ‘rompidão’.”

Giramundo, personagem criado pelo escritor Fábio Monteiro e pelo ilustrador André Neves em Cartas a Povos Distantes, um dia recebe um envelope desconhecido, sem remetente. Dentro há um papel amarelado pelo tempo e linhas em branco, com uma localização geográfica e data de origem: Luanda, 3 de novembro de 1985. As dúvidas logo pipocam em sua mente: quem enviou aquela mensagem?, seria uma brincadeira para testar sua esperteza?, ou será que é alguém realmente tentando fazer contato?
Curioso, Giramundo decide responder a carta e, quem sabe, fazer um amigo. Ainda cheio de dúvidas, o garoto escreve, também de forma misteriosa. E a resposta chega.
Os dois garotos, brasileiro e luandense, passam, então, a trocar cartas repletas de afeto e generosidade. Compartilham informações sobre seus povos, suas famílias, suas vidas. Assim, aos poucos, se aproximam, descobrem semelhanças e diferenças. Puro encantamento.
Cartas a Povos Distantes nasceu de uma história real, de troca de cartas e amizade, vivida por Monteiro. O relato, emocionante, está no final da obra.
As ilustrações de Neves são doces e imaginativas, como o texto de Monteiro, e têm retrata ainda o certo mistério que cerca a troca de cartas. Neves já esteve outras vezes nesta Estante de Letrinhas, com Mel na BocaTom e Carmela Caramelo. Que gosta do trabalho de Neves ou quer conhecê-lo um pouco mais, a dica é a exposição André Neves em Caminho, em cartaz no Sesc Ribeirão Preto até 20 de setembro (clique aqui para saber mais, direto do Esconderijos do Tempo).
ServiçoCarta a Povos DistantesEscritor: Fábio Monteiro
Ilustrador: André Neves
Editora: Paulinas
Preço: R$ 39,90