Nesse dia, não quero falar dos mistérios femininos, mas.
Minha mãe desdobrava-se nos paradoxos de uma vida de doação aos filhos
e na certeza da manutenção de sua essência feminina. Transitava com uma intranquilidade
invejável, mas competente, entre as tarefas do lar e os compromissos do ser. Brava
e encantadora, tinha uma essência tão pura que o peso maior ficava por conta
dos valores que carregava, e nas suas
solidões de desejos, mãe, mulher , esposa, era forte como uma leonina e estava
sempre em prontidão.
Minhas irmãs e sobrinhas, não fugiram à genética. Dividem-se no limiar
do ser e estar. São, um essência
única, na integridade da palavra, na
beleza da vida, na esperança que não cessa. Lutam feito mães, brigam pela vida,
encantam-se com a simplicidade de uma vida tão complexa. Estão, presentes como o tempo, não se intimidam com o tamanho da
montanha, acordam cedo para ver tudo de perto.
Minhas amigas, mulheres na sua integridade e peculiaridade: Frágeis,
sensíveis, fortes, negras, brancas, altas, pequenas, tantas e tantas. Dividem-se
em mil e são tão inteiras. Correm para dar conta de tantas contas e não se
perdem em resultados tão preciosos. E como as da minha família, são mães,
esposas, leoninas, mulheres, vivem numa intimidade profícua entre os
compromissos e a liberdade, como se fosse voar.
Voar mais longe que voam, voar
mais perto de tudo.
Voar como mulheres.
2 comentários:
Encantada, emocionada, deslunbrada, totalmente sem palavras!!!!!!!!!!!sabes que passa um filme diante da minha mente principalmente no primeiro paragrafo tantas lembracas expressadas ali texto perfeito no contexto da nossa vida!!! Parabéns por essa mente tão sábia e um mto obrigada por você existir!!!!!! te amo mto meu Titio!!!!!!
Ass.: Palloma Monteiro =]
Que bacana que se identificou.Sinal da verdade que tive ao escrever sobre vocês! Beijos e Beijos! Fabio
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