LANÇAMENTO DA EDITORA PAULINAS: "CARTAS A POVOS DISTANTES" DE FÁBIO MONTEIRO E ANDRÉ NEVES
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SITE DA EDITORA: www.paulinas.org.br
COLEÇÃO ESPAÇO ABERTO
INDICAÇÃO: a partir de 10 anos (leitor fluente)
96 páginas
" Dois mundos. Uma carta.
Um mistério.
Uma história que rompe a distância
de um oceano inteiro,
para desaguar nas fronteiras
que unem o Brasil e a África.
As guerras podem
ser evitadas
as amizades não."
Em "CARTAS A POVOS DISTANTES", o escritor FÁBIO MONTEIRO compartilha
com o leitor a história de Giramundo, um menino, que com suas invencionices,
costumava impressionar muito uma plateia de 'supostos' amigos. Ele conhecia
todos os livros de geografia e cartografia possíveis, mas tinha a mania de inventar
lugares e idiomas que não existiam. Giramundo se relacionava com as pessoas de
um modo bem particular.
"No fundo do peito, era difícil para Giramundo ter tantas ideias e
ser tão sozinho com todas elas. Era como se a imaginação não
encontrasse tempo e espaço corretos para existir. Giramundo
era todo alegria em aproveitar o tempo para criar amizades
inventadas e lugares desconhecidos. E muitas vezes brincava
só, porque assim não havia perigo de "rompidão".
Dizem que tudo no mundo gira e que o que é de baixo vem pra
cima, tal qual roda de vento, formiga em buraco - mistérios da
vida que se encarregam de nos ensinar sobre nossos malfeitos.
Com o Giramundo não foi diferente. De tanto que mexeu com
essas histórias e línguas de povos distantes, de tanto que
brincou com o desconhecido destino, de tanto que fez, de tanto
que aprontou, um dia recebeu, com surpresa, um envelope de
um lugar desconhecido, sem nome do remetente, o primeiro da
sua vida. Dentro, um papel amarelado pelo tempo, linhas em
branco com localização geográfica e data de origem, e nada
mais."
Esta primeira e misteriosa carta, vinda de Luanda, rompeu a distância e a imensidão
de um oceano e acabou atando duas pontas de uma verdadeira amizade, pois as
trocas de cartas continuaram por anos e anos...
Giramundo, que vivia inventando histórias, acordou para vida. Descobriu muitas
coisas: tinha conquistado um amigo verdadeiro, podia conhecer o mundo sem sair de
casa e descobriu que não precisava mais mentir, pois histórias verdadeiras tinham
um sabor especial.
Por trás da história de Giramundo, o leitor vai encontrar um sentido crítico que vai
desde a luta pela liberdade de Angola até a guerra civil no país, que matou milhares
de africanos, fez milhões de refugiados e causou danos ao patrimônio público. Mas
tudo envolto numa linguagem que revela compaixão e fraternidade.
O texto de FÁBIO MONTEIRO, escrito com apuro de linguagem e com muita
sensibilidade, emociona e revela-se com algumas entrelinhas para, pouco a pouco,
serem preenchidas pelo leitor.
O escritor FÁBIO MONTEIRO, que é também historiador e professor, no posfácio
do livro, apresenta nota sobre cartas, memórias e amizades, traçando um paralelo
da história de Giramundo com a sua própria história de vida.
"CARTAS A POVOS DISTANTES" é um livro envolvente e comovente!
Esta obra reúne, ainda, muitos outros pontos interessantes. Todos estes pontos,
aqui destacados ou não, sem dúvida, imprimiram à história de Giramundo emoções,
que irão ecoar mesmo depois que o leitor fechar o livro.
AS ILUSTRAÇÕES:
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No livro "CARTAS A POVOS DISTANTES", as ilustrações e o projeto gráfico,
assinados por ANDRÉ NEVES, são uma atração inegável.
O colorido forte da capa não aparece nas ilustrações do miolo do livro, onde os
tons pastéis e a monocromia figuram com muita elegância.
As ilustrações deste livro são impactantes e instigantes. Com um traço que é só
seu e sempre fiel ao seu estilo, o ilustrador constrói, através das imagens, uma
narrativa própria, para contar a história de Giramundo.
O projeto gráfico do livro é bastante expressivo, explora recursos que compõem
muito bem este trabalho e despertam a atenção do leitor, em alguns pontos,
como por exemplo: o colorido forte da capa / capa com abas / uso da cor na
parte interna da capa e abas / ficha catalográfica sobre folha envelhecida /
sumário em página dupla tendo como fundo o mapa de Angola, vários selos
do país e papel envelhecido / a numeração das páginas / fontes diferenciadas
das cartas...
Todas as soluções gráficas encontradas pelo artista conferiram beleza ao projeto
e tornaram o livro mais atraente.
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