terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

CASAS SONHADAS, CASAS DE BRINCAR NA INFÂNCIA


Toda vez que leio Sementes de Cabanas Encantadas, lembro da "cabana" que me abrigou na infância. 
Na minha casa tinha fragmentos de sonhos, paredes de concreto e um chão sem tamanho de realidade. Na casa da infância, só minha, o quintal era o lugar mais belo do Recife. Festa de brincadeiras em que tudo era fantasiado nas subidas em pés de jambo e no medo das sombras que faziam em silêncios, assopros assombrados.

Na minha infância, na casa que não sonhava como minha, fazia cabanas com palhas de coqueiros e refugiava-me de temporais, morada temporária só pra ver o mundo passar sem tantas preocupações. 
Hoje amanheci com vontade dessa cabana da infância, morada de sonhos e histórias bonitas, porque no Brasil, minha casa, a casa da minha infância se repete em temporais, assombros e num chão de realidade cada vez mais duro.
Melhor mesmo é voltar a imaginar casas mais lindas.